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19 de Agosto – Dia Mundial da Fotografia: O olhar que eternizou o Hip Hop

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Tem coisa que só a fotografia consegue fazer: parar o tempo, congelar um momento e transformar uma cena comum em história viva. No Hip Hop, ela sempre teve esse papel — de guardar aquilo que nascia longe dos holofotes, mas cheio de verdade e alma.

Enquanto o mundo ignorava o que rolava no Bronx nos anos 70, tinha gente por lá com câmera na mão e olhar afiado, registrando tudo: os grafitis nos trens, as rodas de breaking, os MCs improvisando, os looks diferenciados, os protestos, a energia da época. Se hoje a gente sabe como o Hip Hop nasceu, é porque alguém clicou.

Muito antes do Hip Hop virar indústria, era a câmera de rua que documentava tudo. Os looks ousados, os rolês nos bairros, as crews reunidas em esquinas, as batalhas de dança e cyphers, as festas em porões e parques. Enquanto os jornais ignoravam, os fotógrafos que nem imaginavam que seriam tçao importantes na cena registravam o nascimento de uma cultura viva, forte e revolucionária.

A fotografia sempre foi ferramenta de resistência visual no Hip Hop. Mostrava a beleza onde diziam que só havia caos. Dava rosto, cor e protagonismo a uma juventude que criava arte sem permissão — mas com muita intenção.


Se hoje a gente tem imagens icônicas do início do Hip Hop, é graças a quem estava lá, com câmera na mão e olhar atento. Aqui estão alguns nomes fundamentais:


📷 Martha Cooper

A rainha dos registros da cultura urbana. Fotografou os grafiteiros do metrô de Nova York nos anos 70 e 80. Seu livro Subway Art (1984), feito em parceria com Henry Chalfant, é até hoje uma bíblia visual do graffiti.

📷 Jamel Shabazz

Conhecido por seus retratos poderosos do Brooklyn nos anos 80. Registrou a juventude negra com estilo, orgulho e personalidade. Seu trabalho mostra como moda, atitude e Hip Hop sempre caminharam juntos.

📷 Joe Conzo Jr.

Chamado de “o fotógrafo do nascimento do Hip Hop”. Começou a documentar as primeiras festas no Bronx, inclusive as organizadas por DJ Kool Herc e a crew Cold Crush Brothers. Suas fotos são relíquias da cena pré-comercial.

📷 Henry Chalfant

Especialista em graffiti e cultura urbana. Além do Subway Art, também foi um dos diretores do documentário Style Wars (1983), que retrata a força do graffiti e do breaking nos anos 80.


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Hoje, com celular na mão e feed no ar, fotografar virou parte do cotidiano. Mas o espírito continua o mesmo: registrar o agora, dar visibilidade, criar memória. A fotografia ainda é peça-chave dentro do Hip Hop — seja nas capas de disco, nos ensaios de moda streetwear, nos registros de batalhas ou nos retratos de resistência e arte periférica.

Na Nest, a fotografia está no nosso olhar sobre o mundo. É através dela que a gente documenta nossos corres, nossas parcerias, nossos passos e nossas histórias. Cada clique é um é uma forma documentar que acompanha o movimento — da dança à estampa.


No fim das contas, a fotografia no Hip Hop não é só sobre estética. É sobre registrar a verdade, mostrar quem a gente é, de onde a gente veio e pra onde tá indo. É sobre dar rosto e corpo à cultura que nasceu nas ruas e conquistou o mundo — sem nunca esquecer suas raízes.

E é por isso que a fotografia se conecta tanto com essa arte. A gente acredita no poder de se expressar com o que se veste, com o que se cria e com o que se vê. A câmera é só mais uma extensão desse grito e a rua, sempre, o nosso cenário.


Que a gente continue clicando, vivendo e vestindo a cultura que pulsa em cada esquina.

Feliz Dia Mundial da Fotografia. E salve eterno ao Hip Hop.


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