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Graffiti em Movimento: Dos Trens de Nova York à Kombi da Nest Panos

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Atualizado: 3 de out. de 2024


Graffiti nos Trens: O Marco do Início do Hip Hop e Seu Impacto ao Longo das Décadas


Nos anos 70 e 80, o graffiti nos trens de Nova York surgiu como uma das manifestações mais fortes da cultura Hip Hop nascente. Esses vagões, que circulavam pelos cinco bairros da cidade, se tornaram as telas de jovens artistas em busca de voz e expressão. Muitos desses artistas vinham de comunidades marginalizadas e, sem espaço na arte tradicional, encontraram nos trens a oportunidade de se comunicar com a cidade inteira.


Tudo começou no final dos anos 60, mas foi no início da década de 70 que o graffiti em trens explodiu de vez. Artistas como Taki 183, Lee Quinones, e Dondi são nomes que ajudaram a estabelecer o que se tornaria uma revolução visual. As "tags", assinaturas estilizadas, rapidamente se tornaram "throw-ups" e "pieces", obras maiores e mais elaboradas que cobriam vagões inteiros.

A filosofia do "All-City" nasceu: a missão de espalhar sua arte por todos os cantos da cidade, se tornar conhecido em todos os bairros. Os vagões de metrô, que atravessavam a cidade inteira, eram a ferramenta perfeita para isso. O graffiti era uma forma de resistência, uma resposta ao descaso social, à pobreza e à falta de oportunidades. Para muitos jovens, pintar os trens era uma afirmação de que eles existiam, de que tinham algo a dizer.


Com o tempo, o graffiti se tornou uma parte inseparável da cultura. Ele não só ajudou a definir o visual do movimento, mas também influenciou a música, a dança e o estilo de vida da época. O impacto dessas obras, em especial nos trens, transcendeu fronteiras e inspirou artistas e graffiti writer ao redor do mundo.

Por outro lado, essa prática também trouxe repercussões pesadas. As autoridades intensificaram as ações de repressão ao graffiti, especialmente no início dos anos 80, com a limpeza dos vagões e a prisão de vários artistas. Apesar disso, a chama do graffiti nunca se apagou. Se antes ele era visto só como um ato de vandalismo, hoje ele é reconhecido como uma forma legítima de arte e uma parte fundamental da história do Hip Hop.



Ao longo dos anos, o graffiti em trens se espalhou por outras cidades e se tornou um símbolo global de resistência e criatividade. Enquanto muitos artistas daquela época continuam a ser reverenciados, novos talentos surgem constantemente, mantendo viva a história dessa arte que começou nos trilhos de Nova York. Hoje, o graffiti é uma forma de arte aceita em galerias, eventos e festivais, mas o espírito revolucionário daquelas primeiras intervenções ainda é parte importante em cada traço.


Mas o que a Kombi tem haver com tudo isso?


Assim como os trens de Nova York nos anos 70 e 80 foram o palco para a explosão do graffiti e a ascensão da cultura

Hip Hop, a Kombi da Nest Panos carrega um significado semelhante nos dias de hoje. O ato de graffitar a Kombi vai além da simples estética — ele simboliza uma continuidade histórica, um elo direto com as raízes do graffiti que nasceram nos trilhos da cidade de NY.

No início do graffiti, os trens eram as telas móveis, levando a arte pelas ruas e bairros, conectando comunidades e espalhando a mensagem. Da mesma forma, a Kombi da Nest Panos, ao ser graffitada, se torna uma tela móvel da cultura Hip Hop de Bento Gonçalves. Ela carrega consigo o espírito de resistência, de ocupação do espaço público e de valorização das vozes que muitas vezes são silenciadas.


Além de ser uma homenagem às origens do graffiti, a Kombi simboliza o movimento. Assim como os trens circulavam pelas ruas de Nova York, a Kombi da Nest Panos, com sua arte estampada, percorre as ruas locais, levando a essência da cultura para novos espaços. Cada traço, cada cor na Kombi reflete o mesmo impulso que os pioneiros do graffiti tinham — deixar uma marca, expressar uma mensagem, e fazer com que a arte vá aonde muitas vezes os artistas não conseguem chegar.

Assim como no início, o graffiti continua sendo uma forma de comunicação direta com as comunidades. Assim a Kombi, ao ser graffitada, também assume esse papel: ela não é apenas um veículo, mas um símbolo da união entre o movimento hip hop e as pessoas que fazem parte dele. Ao levar a arte pelas ruas, a Kombi inspira, provoca e conecta, assim como os vagões de metrô fizeram décadas atrás.



Hoje, essa ação de graffitar a Kombi é um tributo ao passado e uma reafirmação do presente. Ela honra a tradição dos trens, que foram pioneiros no movimento, e ao mesmo tempo, abre novas possibilidades para o graffiti e a cultura de rua se expressarem em Bento Gonçalves. Assim como o graffiti nunca foi só sobre arte, a Kombi da Nest Panos também carrega uma mensagem de resistência, de identidade e de movimento.

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