Mestre Pê / Griot - Griott
Oralidade em legitimidade
Griot
Griott (feminino) Griot (masculino)
A Griô A Griot O Griô
A Griôla Os Griôs
A Griott Os Griots
(grafias que são aceitas)
“Tecnologia de Griot é também o uso da palavra e tem relação direta com várias atividades de conhecimento, com produção de conhecimento. É preciso ter consciência da sua história, do seu percurso, do seu projeto.” (Doutor professor Renato Noguera da UFRRJ)
O conhecimento transmitido pela oralidade vem da tradição oral africana através da palavra do Griot.
Nome dado às contadoras e contadores de histórias e de narrativas reais. Griôs são pessoas que passam o conhecimento através de músicas, contos engraçados, versos e cantos. São conselheiras e conselheiros em situações de conflitos e originalmente são guardiães da memória.
Acessar e ouvir pessoas não só por hierarquia, faixa etária ou experiência de vida, mas por respeito principalmente, é sim buscar conhecimento fazendo o exercício da escuta, e nesse espaço vou compartilhar através da oralidade e da grafia, parte de minhas vivências enquanto velho lobo na cultura hip-hop.
Depois da graduação em pedagogia, passaram- se dois anos, eu fui “(re) batizado” pelo nome de Mestre Pê por estudantes do ensino fund. II e por várias manas e manos da cultura hip-hop.
Durante os anos 90 e 2000 fui adquirindo mais experiências (re) conhecendo minha negritude, o meu lugar de fala e compreendendo minha ancestralidade e oportunidades nos meus trabalhos de old school:
P.MC Poetas de rua, P.MC e Dj Deco, com o grupo Jigaboo, com a banda Charlie Brown Jr e atualmente com Pé de Palavra, Jigarutz e com o coletivo Integração hip-hop.
Voltando na linha do tempo diretamente em julho de 1984, conheci o breaking (era a febre da Breakdance) através do hip-hop e dancei até jul/ago de 1994. E foi em 1986 que escrevi meu primeiro Rap: “Break é transmitir emoção” nunca mais parei. Entendi e compreendi a cultura das ruas mesmo com as poucas informações que tínhamos.
É importante ter conhecimento de si próprio, é complexo mas é bom fazê-lo dia-a-dia pra conhecermos a nós mesmos. Nos diálogos saudáveis, nas divergências ácidas, na velocidade e na lentidão do tempo. Ainda há tempo para experiências e aprendizados. Saber ouvir, entender, compreender, interpretar e questionar pois a palavra está em nós, temos o poder de conhecer, criar, oralizar, transmitir e compartilhar o conhecimento.
Conhecimento com honestidade e criatividade!
A todes vocês que chegaram até o final desse pequeno texto saibam do surgimento de uma parceria Mestre Pê e Nest Panos!
“P.MC eu ainda tô por aqui, o Griô contando história, oralidade e oratória em narrativa real, ancestralidade, linha do tempo e trajetória”
O velho lobo continua na estrada, nem eu sei tudo. Siga-nos!
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