"Pelas Ruas Daqui" traz a periferia como palco e as letras como relato.
Raikiri e Dree lançaram no último dia 25 o clipe desse som que traz o relato de quem teve escolha: cultura ou crime.
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O som, como a própria letra diz, vem com a ideia de trazer a vivência da periferia e destacar como as armas chegam antes dos livros.
O Hip Hop, sem dúvidas o Hip Hop entregou nas nossas mãos as ferramentas e a possibilidade de achar outros meios, tanto como de vida, como moldando nosso caráter.
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"Falando do clipe, a gente mesclou duas coisas que dividem essa realidade, todos os livros, discos e roupas são com ligação a cultura, vinis do Naldinho, livro do Hip Hop Genealogia, Coolture Trip e as roupas foi um apoio da Nest Panos que é referência no cenário cultural. Depois disso mesclamos com o que seria a "vida loka": o corre das notas, o colete, os rádios até as armas, tudo pra enfatizar que o crime e a cultura as vezes dividem o mesmo espaço, mas cada um no seu canto, então unimos os dois e traficamos livros!", afirma Raikiri.
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Numa cidade de colonização italiana ainda muito conservadora, um trabalho como esse pode ser entendido como ousado ou então um afronte.
Mc aprende a ser corajoso desde as primeiras linhas e afrontosa é a forma que se vive dentro da realidade mostrada no clipe.
"Olham pra nós muitas vezes com nojo, de nós, das periferias e tudo que envolve esse meio, nosso papel diante disso é tentar quebrar esse preconceito e fazer com que as pessoas vejam que tem outras formas. As vezes a única opção que aparece é o crime, por necessidade, por falta de opção, mas se nós conseguirmos mostrar que dá pra vencer o roteiro que o governo quase que impõem pra nós, já tá aí nossa missão."
Só de tirar uma pessoa desse caminho e mostrar novas possibilidades já tá aí nossa missão.
Já para o Dree, a letra veio com um outro significado: "No meu caso a virada de chave veio após a morte de um amigo, ali eu percebi que eu precisava mudar a rota, e foi buscando em Deus que eu comecei a trilhar uma nova história.
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Na minha visão eu acho que como artista em uma quebrada, o papel é dar o exemplo e apresentar a quebrada a arte, a cultura... Creio, que nosso papel é esse, e a crítica no som é uma cobrança aos órgãos maiores, queremos ser vistos de uma maneira diferente, queremos que a cultura entre de vez nas quebradas, dando uma oportunidade de conhecer de perto um caminho melhor."
Dentro dessa produção, o clipe ficou por conta de Pablo do Rosário, também aqui da cidade de Bento Gonçalves, que trampa com audiovisual e que se identifica demais dentro da cena Hip Hop.
De nada adianta uma boa abordagem sem o entendimento e sensibilidade do audiovisual, e nesse caso, Pablo representou demais em trazer a vibe das ruas na estética, nas cores e nos elementos: " O videoclipe foi construído na tentativa de, por meio da linguagem audiovisual, transmitir a mensagem de que o caminho do tráfico de drogas pode ter diversas consequências, em sua maioria negativas. Dessa forma a composição como um todo utilizou cenários, elementos, ângulos, cores e artistas que transpusessem essas sensações e realidades. O videoclipe apresenta algumas analogias e eufemismos ao abordar alguns assuntos, embora ao se tratar de vivência ele carrega intensa veracidade. Por isso os elementos armas, livros, rádio, discos de música, coletes e figurino que aparecem, carregam significados ou sensações físicas para dentro e fora da cultura do hip Hop." afirma.
E o vídeo bateu 7,4K de views em uma semana.
Com a repercussão do vídeo, muitos elogios e também críticas vieram a tona: "O próximo lançamento vai ser uma resposta pra tudo isso, com elegância e fundamento, por que é assim que funciona, sem meias verdades, depois desse som vem mais um meu e logo após meu disco vai pro mundo "Pelas Ruas Daqui" vai ser um divisor.".
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Pablo do Rosário na produção do clipe.
Ramony nas fotografias pré-estreia. Nest Panos no suporte.
Seguimos. Elo da corrente.
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