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  • Bruna Ferreira

Eduardo Africano: Ultrapassando as Grades e Vendo Além dos Muros

Como disse 2Pac: Não serei o cara que vai mudar o mundo serei o cara que vai colocar ideias e reflexão na cabeças das pessoas que vão ser a transformação desse mundo.

 

Carlos Eduardo Nascimento Paiva ou Eduardo Africano, como é conhecido por esse Brasil, vem do Ceará e é B.boy, Poeta, arte-educador e escritor do livro Ultrapassando As Grades e Vendo Além dos Muros. Membro da Sul Clan, dono da Loja Onijo e com certeza um dos motivos pra gente ter orgulho do Hip Hop do Brasil.

O Africano é a representação de todo mundo que tá no corre de fazer a diferença no meio em que vivemos, faz o corre das moedas com a loja, vende o livro a um preço muito acessível só pra fortalecer mesmo o básico, dá aula em sistemas socioeducativos (pra jovens em reclusão) que é de onde sai a maior inspiração pra escrita: o grito que ecoa aonde a assistência muitas vezes não chega.

E o mais massa disso é que ele conta tudo com muito orgulho do corre. Não é fácil, mas o Hip Hop ensina a ter a gana de fazer a parada acontecer, independente das adversidades.

Pra vocês conhecerem e fortalecerem o corre desse mano que tá lá no Ceará, acreditando e buscando inspirar e fortalecer a gente, todos nós que dividimos o mesmo amor pela parada.


"O Hip Hop vai mostrando vários caminhos durante o processo do Breaking e gera a curiosidade de entender e isso é o que me fez querer escrever, pois precisava descrever o sentimento que transbordava dentro de mim e quando comecei a ministrar aulas para os adolescentes em conflito com a lei, percebi isso da importância da palavra e do poder da comunicação. Se tu sabe se comunicar em qualquer lugar, é teu lugar. "


A gente também acredita na força das palavras, por isso também que o livro do Africano pra nós tem

tanto significado. Comunicar não só através da dança mas literalmente das palavras pode fazer com que chegue em mais pessoas o significado, e também com que toque especificamente aonde queremos, nem todos são bons entendedores e a palavra tem de ser dita inteira.


A ideia do livro veio despretensiosa através de um colega: Através de um professor de educação física da unidade. Ele me olhava escrevendo e decorando minhas poesias e compartilhando com os adolescentes minha vontade de passar conhecimento para o meu próximo que estava naquela situação.

E me perguntou: “Porque você não escreveu um livro com suas poesias?” Isso cativou em mim uma vontade de produzir e publicar um livro e me potencializou a acreditar na ideia de escrever e me tornar um escritor.


Todas minhas poesias são o reflexo da minha alma gritando por ajuda e ninguém vem ajudar, todas elas têm um peso e uma histórias que não tem como colocar elas na balança pra ver qual é a mais pesada, porque cada uma delas carregam histórias e vivências reais!



"...Muitos não sabem, mas um dos maiores escritores do Brasil era negro. Não sabe? Isso é raiz. O nome dele é Machado de Assis...."

Sobre representatividade, nesse poema você cita diversas referências além de Machado de Assis como Malcolm X, KRS One, Martin Luther King... O que significa para você a busca por esse lugar de referência?

R: Uma pessoa sem referência é um pessoa perdida, por isso trago várias no meu livro para que as pessoas possam ter em quem se espelharem e terem referências de pessoas como elas que foram transformação para o mundo e para que elas não fiquem perdidas como eu fiquei durante 26 anos, e parafraseando a na frase do Criolo: As pessoas não são más, elas só estão perdidas.

Ele conseguiu ver essa necessidade, como você vai ser uma pessoa boa sem ter uma referência positiva? É muito sobre isso.

Eu particularmente tenho referência pra tudo, no meu Breaking tenho o meu Clan, pra poesia tenho Barney, Bráulio Bessa, Sérgio Vaz, Lucas Koka e vários outros. No Rap tenho Subconsciente em Pauta que é a galera aqui de fortal, Madame, Tio Fio dentre outros. Para vestir e ficar elegante tem vocês da Nest Panos que inspira a marca que tenho com minha companheira, a Onijo, na vida tenho professores que me ensinam todos os dias Wilker, Leandro, George, Iver e vários outros.


Creio que a dança é poesia e a poesia é a dança, uso essas 2 formas para me comunicar se não consigo chegar em uma pessoa através da poesia consigo através da dança.

Lançar um livro é mágico, realização pessoal além do sentimento de contribuição pra algo muito maior. Pro Africano, lançar o livro representou: A consciência, o meu pensar, a forma de ver o mundo e as pessoas.

A fome pelo saber e a vontade de transformar pelo observar e absorver, hoje sei a importância de aprender, desaprender e reaprender.

Me deu oportunidade de compartilhar um pouco da minha visão para o mundo, surgiram outras oportunidades de trabalho e me fez enxergar o meu propósito que é cativar o acreditar das pessoas.


Nós também perguntamos ao Eduardo quais os processos que ele percorreu pra que o livro ficasse pronto, porque, muitas pessoas tem esse mesmo desejo, mas não faz ideia de quanto custa, quais os caminhos... Inclusive eu (Bruna), disse muitas vezes a mesma frase que ele diz na resposta: Eu não sabia fazer um livro. E no fim você precisa buscar ajuda ou formas de fazer ser possível:


R: Sou super grato ao Dr. Roberto Bassan Peixoto e ao Cássio Franco, pois eles acreditaram em mim e me deram a oportunidade de trabalhar nos centros socioeducativos de Fortaleza e escrever essa minha história. O Instituto OCA fortaleceu com a impressão do livro que custou R$: 2800 reais, eles entraram com R$: 2500 reais e eu coloquei R$: 300 reais para fechar o valor das 500 unidades.

Tirei do bolso mais R$: 1500 para correção e acompanhamento do processo, eu não sabia como era escrever um livro.

Mais R$: 1000 reais de ilustração que os artistas, Kong e o Nature fizeram no preço pra fortalecer meu sonho. Eles acreditaram, muito obrigado aos dois. R$: 500 reais da diagramação e mais R$: 500 reais para registrar o livro. Agradeço demais o Instituto OCA pela grande contribuição na minha vida e na realização desse sonho e a todos os que fizeram parte do processo. Muito amor por vocês e a minha companheira, Iver, pelo apoio, dedicação e por tudo que me ensina na nossa convivência.

A cultura Hip Hop oportuniza que a gente conviva e aprenda com pessoas especiais, todo mundo tem algo pra passar e pra aprender, a cultura coloca no nosso caminho exatamente quem precisamos: nos espelhar, aprender, inspirar, fortalecer.

Pra fortalecer o Africano você pode:

  • Compartilhar sua história, seu legado e seguir nas redes sociais pra acompanhar os seus projetos: Eduardo Africano e Loja Onijo

  • Comprar o livro pelo preço muito acessível de R$25,00 clicando aqui. Inclusive, esse e muitos outros livros estão disponíveis lá na nossa sessão NEST ARTES. Clica ali e confere.

  • Fortalecer a loja dele comprando uma peita, um acessório. Nesse momento, tudo fortalece.

  • Se você curtiu a matéria e a história dele, mandar uma mensagem, usar a comunicação pra expressar. Inspiração pra que as pessoas sigam fazendo seu trampo.

A única coisa que você não pode fazer é ignorar que: O Hip Hop transforma quem está de portas abertas, dá as ferramentas. E que histórias como as do Africano e a de muitas pessoas que correm pela cena, merecem sem espalhadas e fortalecidas.

Tamo junto mano, obrigado por topar aparecer por aqui e dividir com a gente sua história, sua vivência.

Você hoje nos inspira e sua poesia nos fortalece.

De todo time, obrigado!


 

Seguimos.

Hip Hop Support Store.

Bruna Ferreira.




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